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Sobrevivência na selva


Essa postagem é uma homenagem aos colegas do 4° Batalhão de Engenharia de Combate.

Dentre os treinamentos que se realizam nas Forças Armadas está o de sobrevivência na selva. Este treinamento consiste de práticas não habituais, como encontrar água em locais improváveis, fazer fogo sem recursos artificiais e adquirir alimento apenas da natureza. Uma vez treinados, os militares são expostos a situações nas quais praticam seus conhecimentos, entrando em áreas naturais e simulando eventuais desastres.

Estas dicas de sobrevivência na selva foram retiradas dos manuais sobrevivência na selva. Escrito por pessoas que já passaram por este tipo de treinamento, todas estas informações podem ser úteis, lembramos que isso é apenas um resumo do conhecimento de pessoas com experiência no assunto em questão. Recomendo para que estas dicas sejam consideradas apenas como um aprendizado teórico. Torço para que você jamais precise usá-las na vida real.

Dicas e cuidados: Se você se perder, fique parado; sente-se para descansar e pensar; alimente-se. Sem fome e sem sede, todo mundo raciocina melhor; oriente-se para saber onde está, de onde e por onde veio e para onde quer ir; nunca ande à noite, os predadores têm hábitos noturnos e você dificilmente terá alguma chance diante deles; resista à tentação de puxar um cipó, há grandes chances de caírem galhos soltos ou pequenos animais em sua cabeça.

Rede, mosquiteiro, facão, lanterna, isqueiro a gás e coragem são alguns dos materiais indispensáveis; olhe por onde anda e nunca meta a mão em buracos. Monte acampamento numa clareira. Procure troncos grossos e finos para a estrutura. Para as amarrações, use cipós ou cascas de certas árvores, como embiras pretas e brancas. Palhas ou folhas de palmeiras podem ser utilizadas como cobertura; se quiser um certo conforto, saiba que as palhas sem os talos ou as folhas de sororoca podem ser usadas para fazer uma espécie de colchão, que fica sobre as varas de madeira da cama; para se livrar dos carrapatos, passe no fogo as palhas que serão utilizadas; para garantir uma amarração firme, mantenha quatro dedos de distância entre os talos das palhas de cobertura e todos os talos amarrados ao teto; fixe bem os esteios e observe a regularidade dos paus do assoalho. Por fim, capriche no acabamento, faça uma fogueira para espantar os animais. Se chover, procure um formigueiro, porque dentro dele sempre há folhas secas, e você poderá usá-las para fazer uma fogueira. Em caso extremo, use cera de abelha ou a sola de borracha do calçado, pois a resina é impermeável; os insetos transmissores de malária e outras doenças tropicais têm hora certa para atacar. A partir das cinco da tarde, vá para a rede ou para o abrigo e cubra-se até as oito da noite; para evitar picadas de mosquitos, use, se possível, mosquiteiro para dormir. Repelente também é aconselhável. Se não tiver um vidro à mão, passe lama ou óleo de copaíba no rosto, pescoço e mãos; durma vestido, colocando as extremidades das calças para dentro das meias ou do calçado. Monte o abrigo longe de águas paradas. Se mesmo assim o mosquito alcançar você, resista à tentação de coçar a picada para não espalhar os germes.